sábado, 3 de agosto de 2013

LUTO NO FUTEBOL

Foi à derrota mais humilhante da história do Santos. Foi de dar nojo, de dar raiva. Não pelo simples motivo de ter tomado um sacode de um timaço, mas sim pela forma que foi.
Durante os intermináveis 90 minutos, o Barcelona tocou a bola como quis, enquanto os adversários apenas os contemplavam, como meros espectadores. Então, apatia e medo se confundem, e fica difícil definirmos qual dos dois sentimentos tomou conta dos bastidores santistas.
(FOTO: AFP)
A tranqüilidade que o Barcelona conseguiu manter a posse de bola foi de assustar. Faltou pegada. Enquanto Daniel Alves fazia falta a cada vez que Neilton pegava na bola, a zaga santista sequer encostava nos seus adversário para mostrar que sim, eles podem ser superiores, mas no campo amigo, é 11 contra 11. Léo que tem uma história brilhante no Santos tem que entender que futebol é momento. Dracena tem que entender que o objetivo de um zagueiro, é desarmar as jogadas. Galhardo tem que entender que os laterais cruzam.  O inexperiente Claudinei, que sacou Thiago Ribeiro com 20 minutos do primeiro, talvez por não entender o que estava acontecendo. Talvez por precisar fazer algo no impulso para mudar a partida, ou simplesmente por burrice mesmo, sabia que o jogador não conseguiria acompanhar um ritmo de um adversário que joga juntos a 5 anos. Então me diz: pra que colocá-lo em campo? Difícil entender, impossível de aceitar.
Não poderia deixar de falar da diretoria do Santos não contratou nenhum grande reforço para o segundo semestre. Ganhou uma nota nas vendas de Ganso, Felipe Anderson, Rafael e principalmente Neymar. Mas onde está o dinheiro? Contratou Thiago Ribeiro que não pode ser o grande reforço pro Santos no Brasileirão.  Jogadores de nível baixo e sem identificação com o clube como Willian José, Galhardo e Dracena não podem ser os representantes do Santos na Europa.  Inclusive, os gênios da diretoria do Santos foram com um time ruim, jogar contra os melhores do mundo, para não lucrar nada? Fica difícil.
Aos moleques, que são as únicas vitimas na história, fica a dica que o importante mesmo, é jogar com “alegria nas pernas”. Esquecer essa história de futebol de gente grande e apostar no futebol moleque mesmo. Orgulharíamos muito mais se isso tivesse acontecido, mesmo na tenebrosa derrota.
O Santos que é bi-mundial, tri-campeão da libertadores, time que mais tem gols na história do futebol,  clube em que o maior jogador de todos os tempos jogou e  que parou uma guerra, não pode passar por uma situação dessa. O futebol não permite, e os torcedores também não. A festa é deles, o vexame é nosso.

POR: Guilherme Lesnok
DATA:03/08/2013
FOTO: AFP