Foi à derrota mais humilhante da
história do Santos. Foi de dar nojo, de dar raiva. Não pelo simples motivo de
ter tomado um sacode de um timaço, mas sim pela forma que foi.
Durante os intermináveis 90 minutos, o Barcelona tocou a bola
como quis, enquanto os adversários apenas os contemplavam, como meros
espectadores. Então, apatia e medo se confundem, e fica difícil definirmos qual
dos dois sentimentos tomou conta dos bastidores santistas.
(FOTO: AFP) |
A tranqüilidade que o Barcelona conseguiu manter a posse
de bola foi de assustar. Faltou pegada. Enquanto Daniel Alves fazia falta a
cada vez que Neilton pegava na bola, a zaga santista sequer encostava nos
seus adversário para mostrar que sim, eles podem ser superiores, mas no campo
amigo, é 11 contra 11. Léo que tem uma história brilhante no Santos tem que
entender que futebol é momento. Dracena tem que entender que o objetivo de um
zagueiro, é desarmar as jogadas. Galhardo tem que entender que os laterais
cruzam. O inexperiente Claudinei, que
sacou Thiago Ribeiro com 20 minutos do primeiro, talvez por não entender o que
estava acontecendo. Talvez por precisar fazer algo no impulso para mudar a
partida, ou simplesmente por burrice mesmo, sabia que o jogador não conseguiria
acompanhar um ritmo de um adversário que joga juntos a 5 anos. Então me diz: pra
que colocá-lo em campo? Difícil entender, impossível de aceitar.
Não poderia deixar de falar da diretoria do Santos não
contratou nenhum grande reforço para o segundo semestre. Ganhou uma nota nas
vendas de Ganso, Felipe Anderson, Rafael e principalmente Neymar. Mas onde está
o dinheiro? Contratou Thiago Ribeiro que não pode ser o grande reforço pro
Santos no Brasileirão. Jogadores de nível
baixo e sem identificação com o clube como Willian José, Galhardo e Dracena não
podem ser os representantes do Santos na Europa. Inclusive, os gênios da diretoria do Santos
foram com um time ruim, jogar contra os melhores do mundo, para não lucrar
nada? Fica difícil.
Aos moleques, que são as únicas
vitimas na história, fica a dica que o importante mesmo, é jogar com “alegria
nas pernas”. Esquecer essa história de futebol de gente grande e apostar no
futebol moleque mesmo. Orgulharíamos muito mais se isso tivesse acontecido,
mesmo na tenebrosa derrota.
O Santos que é bi-mundial, tri-campeão
da libertadores, time que mais tem gols na história do futebol, clube em que o maior jogador de todos os
tempos jogou e que parou uma guerra, não
pode passar por uma situação dessa. O futebol não permite, e os torcedores
também não. A festa é deles, o vexame é nosso.
POR: Guilherme Lesnok
DATA:03/08/2013
FOTO: AFP
POR: Guilherme Lesnok
DATA:03/08/2013
FOTO: AFP